Em geral, o paciente e sua família não participam do mesmo grupo. São formados grupos de pacientes e grupos de familiares, paralelamente. Dentro destes grupos, o paciente e a família podem tirar todas as dúvidas em relação à doença. Os profissionais que promovem os grupos – geralmente psiquiatra, psicólogo, enfermeiro ou assistente social – responderão e colocarão em debate com os membros do grupo todos os aspectos da doença e de seu tratamento.
Os membros consideram muito útil a troca de experiências com outros pacientes e outros familiares. As pessoas se ajudam mutuamente a resolver seus problemas. Em resumo, os grupos constituem um espaço onde pacientes, familiares e cuidadores compartilham informações e suas experiências livremente. Estes grupos são, por vezes, formados durante o período de hospitalização do paciente, em outras vezes, em serviços de atendimento ambulatorial. Os estudos mostram que as recaídas são menos frequentes quando pacientes e familiares participam destes grupos. Geralmente, são realizadas sessões em intervalos curtos. Em seguida, numerosos grupos decidem continuar, sob a forma de ajuda mútua, sem um orientador profissional.
A literatura atual indica que os pacientes e sua família que participam destes grupos não são apenas melhor informados a respeito da doença e de seu tratamento, como também tornam-se mais preparados para enfrentar momentos mais delicados e difíceis, tornando as recaídas bem menos frequentes, ou mesmo mais atenuadas.