Alguns dos diagnósticos comuns:
– Induzido por substâncias ou medicamentos: O uso ou abstinência de álcool e outras drogas ou, em alguns casos, medicamentos, pode causar sintomas de psicose. Esses sintomas podem desaparecer à medida que o efeito da substância desaparece ou podem durar mais tempo.
– Esquizofrenia: Ao contrário do que você pode ter visto na mídia ou na TV, a esquizofrenia não significa dupla personalidade. Muitas pessoas com esquizofrenia aprendem a gerir eficazmente os seus sintomas e a levar uma vida feliz e plena (abordaremos detalhes da esquizofrenia em uma sessão específica).
– Transtorno bipolar: O transtorno bipolar é caracterizado por mudanças extremas de humor, comportamento e pensamento. Geralmente envolve períodos repetidos de depressão e pelo menos um período de mania. ‘Mania’ é um estado de humor extremamente elevado em que as pessoas podem ter aumento de energia, mau julgamento, dificuldade em dormir ou apresentar comportamento inadequado. Pessoas com esta condição podem desenvolver sintomas de psicose durante um episódio de depressão ou mania. Por exemplo, um jovem que está passando por um episódio depressivo pode ouvir vozes dizendo que não vale nada, ou alguém que está excepcionalmente animado ou feliz pode acreditar que é especial e pode realizar coisas incríveis durante períodos de mania.
– Transtorno depressivo maior com sintomas de psicose: Esta condição é caracterizada por depressão grave com sintomas de psicose, mas sem a ocorrência de períodos de mania durante a doença.
– Transtorno esquizoafetivo: O transtorno esquizoafetivo ocorre quando alguém apresenta sintomas tanto de esquizofrenia quanto de transtorno de humor (depressão grave ou bipolar). O diagnóstico desse transtorno pode ser difícil porque os sintomas são semelhantes aos da esquizofrenia e do transtorno bipolar. Ao contrário do tipo de psicose que ocorre no transtorno bipolar ou na depressão psicótica, alguém com diagnóstico de transtorno esquizoafetivo pode apresentar sintomas de psicose quando não está passando por um episódio de depressão ou mania.
– Transtorno psicótico devido a outra condição médica: Às vezes, os sintomas de psicose podem aparecer como resultado de um ferimento na cabeça ou de uma doença física que perturba o funcionamento do cérebro. Geralmente há outros sintomas presentes, como problemas de memória ou confusão.
– Transtorno delirante persistente: O principal sintoma de um transtorno delirante é uma crença firmemente arraigada em coisas que não são verdadeiras. Outros sintomas, como alucinações e pensamentos confusos, não estão presentes.
– Transtorno psicótico breve: Nesse transtorno, os sintomas de psicose se desenvolvem repentinamente em duas semanas e não são decorrentes do uso de substâncias ou de outra condição médica. Os sintomas podem ser graves, mas a pessoa se recupera rapidamente e retorna ao funcionamento normal dentro de um mês.
O que causa a psicose
A pesquisa científica não foi capaz de explicar completamente como a psicose se desenvolve. A explicação mais amplamente aceita é o modelo de “vulnerabilidade ao estresse”. Este modelo sugere que uma combinação de fatores biológicos e psicossociais no desenvolvimento inicial pode aumentar a “vulnerabilidade” de um jovem a experimentar sintomas de psicose. Os sintomas são desencadeados em resposta ao “estresse”, como experiências traumáticas, uso de substâncias ou mudanças sociais em indivíduos vulneráveis. Alguns fatores podem ser mais ou menos importantes em diferentes indivíduos. O importante a lembrar é que não existe uma causa única para a psicose e os fatores envolvidos serão diferentes para todas as pessoas. Observar o que contribuiu para que uma pessoa desenvolvesse um episódio de psicose desempenha um grande papel no planejamento e no apoio à recuperação.
A experiência de psicose de cada pessoa é diferente, e dar um rótulo ou diagnóstico específico nem sempre é útil nos estágios iniciais.